Por que a Psicanálise?

A psicologia é um campo extremamente complexo. Não existe um modelo de graduação padrão, uma linha teórica que seja tida como a única ou principal para todos os psicólogos. Existem várias!
Cada abordagem teórica vai compreender o ser humano de uma forma. Isso envolve: como nos constituímos enquanto sujeitos, o que é a mente, como as pessoas se relacionam com o mundo e como o mundo impacta na nossa forma de ser.

Para a grande maioria das pessoas que procuram uma psicoterapia essas discussões teóricas são importam. O que é fundamental é que seja criado um espaço em que ela se sinta à vontade o suficiente para expor seus lados mais obscuros, vulneráveis e doloridos. Ter um bom vínculo com o psicoterapeuta é meio caminho andado para um bom trabalho, não importando se a base teórica do terapeuta é a Psicanálise, a TCC, a Gestalt, a Psicologia Analítica de Jung, o Psicodrama, a Esquizoanálise, dentre outras.

Por isso, não estou aqui em defesa da Psicanálise – como se ela precisasse disso! – mas, expondo o porque da minha identificação com esta forma de compreender o psiquismo (através dos estudos), ser ajudada (minha análise pessoal) e ajudar (atendimentos clínicos).

Revistando o texto da minha tese me deparei com um parágrafo que ressoou como uma música, eu sei, parece um tanto pedante, mas esta é uma daquelas coisas que a gente lê e sente “é exatamente sobre isso!” Por isso, vou compartilhar aqui ipsis litteris: 

“A psicanálise se tornou, assim, um grande instrumento de compreensão sobre a subjetividade, bem como uma técnica única ao trabalhar não apenas para eliminação de sintomas, mas sim uma reformulação da dinâmica intrapsíquica, no sentido de oferecer aos sujeitos maior liberdade sobre impulsos sintomáticos apriosionantes. Freud inseriu uma nova lógica clínica ao deslizar da simples descrição de comportamentos para a reconstrução das vivências recalcadas e interpretação dos discursos.” (Tese de doutorado – Thaís Becker de Campos, 2021)

Fazer análise envolve a disposição para, antes de pensar em eliminar, conseguir olhar para a ferida, mexer nela. Às vezes dói, às vezes traz muita leveza. Mas, para quem encara essa jornada, é um caminho sem volta. Cada novo passo será levado com você para o resto da vida, pois fará parte de você. Não pode ser imposto, ensinado. Eu, como psicanalista, caminho ao seu lado, por vezes levo pela mão, no colo, outras, só observo o caminhar que a própria pessoa está fazendo tentando não atrapalhar!

Você, faz ou já fez análise? Conta aqui nos comentários como você se sente em relação à essa experiência.

Compartilhe!facebook pinterest twitter

Deixe seu comentário